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Formação em Pedagogia, UFPA e pós-graduada em Informática na Educação - UEPA. Atuando na Rede Municipal e Estadual de Educação em Castanhal/Pa

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Menina Bonita do Laço de Fita

Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas. Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
­- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela. Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi. Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
­- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.
E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha. Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...

[de Ana Maria Machado, livro.
ilustração: Claudius]
www.palmares.gov.br

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Fadas, bruxas e monstros encantam crianças, adolescentes e até mesmo adultos. E a contadora de histórias Alessandra Giordano vem despertando a atenção

Fadas, bruxas e monstros encantam crianças, adolescentes e até mesmo adultos. E a contadora de histórias Alessandra Giordano vem despertando a atenção de ouvintes há mais de 20 anos. Ela acredita que histórias podem colaborar para um ambiente familiar mais harmonioso e que, juntos, pais e filhos podem trabalhar a criatividade.
Para a autora do livro “Contar Histórias, Um Recurso Arteterapêutico de Transformação e Cura” (Artes Médicas), a história tem o poder de fortalecer e ajudar a criança a querer ser melhor. “E não custa nada, é a coisa mais barata do mundo e é amor, amor puro, amor verbalizado”, define.

Alessandra ainda afirma que, no momento de contar e ouvir um conto, os pais se fortalecem no filho – que, por sua vez, encontra força nos pais. “Nunca nos esquecemos das histórias que nossos pais nos contaram ou ainda contam. E os pais jamais se esquecem do olhar atento de um filho”, diz. “E só assim – olhando no olho, falando, abraçando e contando histórias sobre coisas boas – é que a gente se fortalece
As informações que temos sobre a origem dos contos de tradição oral explicam que, na realidade, eles são as primeiras histórias que povoaram a mente do ser humano, ou seja, eles vêm das cantigas de ninar. Isso mostra a importância de se contar histórias para bebês., pois além do contato físico entre o contador e o ouvinte, a história contada cria um elo de afeto, fundamental para o desenvolvimento da criança.

Vejam só que dilema!!!

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...



Na ficha da loja sou CLIENTE,
no restaurante FREGUÊS,
quando alugo uma casa INQUILINO,
na condução PASSAGEIRO,
nos correios REMETENTE,
no supermercado CONSUMIDOR

Para a Receita Federal CONTRIBUINTE,
se vendo algo importado CONTRABANDISTA.
Se revendo algo, sou MUAMBEIRO,
se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE,
se não pago imposto SONEGADOR.
Para votar ELEITOR,
mas em comícios MASSA
em viagens TURISTA , na rua caminhando PEDESTRE.
Se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE.
Nos jornais viro VÍTIMA,
se compro um livro LEITOR,
se ouço rádio OUVINTE.
Para o Ibope ESPECTADOR,
para apresentador de televisão TELESPECTADOR,
no campo de futebol TORCEDOR.
Se sou corinthiano, SOFREDOR.
Agora, já virei GALERA.
(se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR )
e, quando morrer... uns dirão... FINADO,
outros .... DEFUNTO,

para outros ... EXTINTO,

para o povão ... PRESUNTO.
Em certos círculos espiritualistas serei ... DESENCARNADO,
evangélicos dirão que fui ...ARREBATADO.
E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!!
E pensar que um dia já fui mais EU.
Luiz Fernando Veríssimo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Você é o seu próprio obstáculo.

Publicado em: 27/05/2010 | Comentário: 0 | Acessos: 119 |

A afirmação é consensual. Não quero ser prepotente ou leviano nessa discussão. O que afirmo está baseado em anos de sala de aula, em vários níveis educacionais, público ou privado. O que se vê nessa experiência, principalmente no ensino médio, é o aluno sem ainda ter convicção da escolha da profissão, vive com dúvida ou ainda não pensa o que vai fazer.

Nessa minha vasta experiência, percebo o que mais me chamou atenção foi presenciar os obstáculos enfrentados pelos alunos. Eles não tiveram aproveitamento nos conteúdos. Isso acaba transparecendo a deficiência em algumas matérias, como Física, Química, Matemática, Redação e etc. No entanto, alguns alunos conseguem superar esse obstáculo – são pessoas que realmente dão valor aos estudos, vivenciam o conhecimento compartilhado em sala de aula.

A não atitude, a falta de comprometimento com os estudos é o fator primordial da reprovação, não só da vida educacional como também da vida pessoal. O que afirmo veementemente é que o maior obstáculo do aluno é ele mesmo. Não quero aqui generalizar, pois há alunos excelentes, excepcionais. Entretanto, uma grande parte se encaixa na afirmação. São pessoas que facilmente perdem o foco do estudo, às vezes são influenciados por outros. O problema é contagioso, e se você não for seguro acaba jogando fora a oportunidade que planejou.

Outro fato importante que deve ser mencionado é a desilusão desses alunos no final do ano. Eles se questionam e procuram culpados para o fracasso escolar. Enquanto que os outros estão comemorando a entrada na universidade, a alegria é contagiante e nós professores ficamos contentes com essa parte e triste com os outros.

Então, veja bem se você se enquadra no perfil do aluno dedicado, que realmente estuda, aprimora o conhecimento; ou se é o aluno que não se compromete, só atrapalha, conversa no momento da explicação do professor e influencia outros a fazer o mesmo. Caso você se enquadre no segundo perfil, eu tenho uma informação que pode ainda mudar a sua vida, que é uma frase muito conhecida: "nunca é tarde pra mudar", porque é você que faz o seu futuro. Se você pensa que o bom pra você é ficar do jeito que está tudo bem, mas não atrapalhe os que querem.

O maior sonho do professor, portanto, é ver uma sala de aula comprometida com o estudo, com a aprendizagem de qualidade. Isso seria indubitavelmente a quebra de todos os obstáculos – o sonho de todos: pai, direção, aluno e professor.

http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/voce-e-o-seu-proprio-obstaculo-2475067.html

A Sombria e a Lenta Agonia do Campus da Uepa em Igarapé-Açú

http://phsociologo.blogspot.com

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

“Pra Fora da Sala”



Indisciplina - É preciso rever os projetos da escola

Após tantos anos de educação, ainda vemos crianças e adolescentes desafiando os professores na sala de aula, fazendo brincadeiras, conversando, jogando aviãozinho, provocando colegas, se negando a participar e fazer as tarefas, etc.

Muitas vezes, os professores, sem saber como lidar com esses “danadinhos”, perdem o controle da situação e os retiram da sala. Porém, essa não é a forma mais adequada de lidar com o problema, pois o mesmo não está sendo resolvido, mas apenas adiado. É preciso entender o porquê daquelas ações, pois por detrás das mesmas existem motivos obscuros, que muitas vezes não estão no controle da escola, precisando alertar a família sobre seu papel, suas responsabilidades.

Pelo lado da escola, e não somente do professor, podem-se considerar vários fatores. Se a mesma está ou não adaptada aos novos modelos de educação (sociointeracionismo e construtivismo), ou se ainda trabalha com uma postura rígida e autoritária; se as carteiras ainda estão dispostas em filas, ou se o grupo se senta em roda, podendo se comunicar olhando nos olhos; se as metodologias e os conteúdos estão adequados para a faixa etária das turmas; se os planejamentos são elaborados pensando nos valores e princípios a serem desenvolvidos, ou se somente como somatória de conteúdos; se são propostas pesquisas e discussões abertas para o processo de aprendizagem ou se o professor ainda é o detentor do saber; etc.

É preciso considerar que a escola é o lugar da educação formal e que os alunos estão ali para se ajustarem às necessidades sociais, às regras de boa convivência, de respeito aos limites, pois a sociedade é movida dessa forma. Temos que respeitar leis e todas elas se referem ao âmbito comportamental, ou seja, não dá para fugir dessas questões que terão que ser apreendidas cedo ou tarde.

Sendo assim, expulsá-los da sala caracteriza fraqueza não só do professor, mas da escola como um todo, pois percebe-se a falta de estrutura nos objetivos da instituição para se resolver tais impasses. Pelo contrário, a escola deve estar preparada para lidar com as situações de conflito e isso se dá através de reuniões, de capacitação profissional dos envolvidos no processo educativo, da busca do equilíbrio interno dos seus profissionais para se conseguir o equilíbrio dos alunos.

Tirar um aluno da sala, excluí-lo do grupo, demonstra arbitrariedade, impulsividade. Será possível o aluno deixar de ser agressivo, impulsivo, se é esse o modelo que ele recebe dentro da escola ou até mesmo dentro de casa? Pais que surram, castigam, humilham, ignoram, ainda existem, são grande parte da sociedade, mascarados em valores materiais.

É importante considerar que o aluno “problema” é o que mais precisa dos princípios de educação. Ele deve aprender a conviver com o grupo, aprender a respeitar o direito dos outros, mas também deve ser valorizado dentro de suas potencialidades, pois elas existem, basta que escola e família enxerguem.

E buscando o eixo da família, essa deve estar integrada aos problemas que aparecem com os alunos. Muitas vezes a escola omite problemas e os pais tomam conhecimento de uma situação quando ela já excedeu todos os limites. Um trabalho em conjunto, entre família e escola, é o que irá ajudar o estudante a mudar sua visão em relação à escola, aos estudos, a construir uma boa carreira profissional, a se preparar para o futuro.

Muitas vezes a bagunça aparece porque o mesmo está se sentindo sozinho, abandonado, sem apoio, carente, tendo que buscar outros recursos para chamar a atenção, para se destacar em um grupo que tem outros valores. E isso aparece de forma negativa, através das agressões.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

FONTE :

http://www.educador.brasilescola.com

sábado, 4 de setembro de 2010

Reflexões sobre Informática educativa ...



A informática na Educação é fato real, tanto nas escolas públicas e privadas, no entanto, sua realidade tem sido desafiadora. A mudança de um paradigma não se faz do dia para a noite, haja vista, as nuances enfrentas; tanto no que diz respeito a inexistência de carga horária de planejamento para o professor ( quase que impossível trabalhar pedagogicamente com tecnologias em sala de aula, sem planejamento autêntico, do contrário os professores apenas continuarão reproduzindo uma Educação tradicional, de transmissão de conhecimento, ao invés de avançar de forma significativa, incorporando naturalmente no seu atuar de sala de aula, o uso adequado de tecnologias de comunicação e informação face ao processo de ensino-aprendizagem na escola; relacionando teoria e prática a partir de uma proposta ousada e acertada da I.E com aulas interativas; colaborativas entre pares e bem mais participativa). Outro fator a ressaltar é a própria resistência do professor em adquirir/utilizar essa nova ferramenta, haja vista que muitos ainda acreditam que o uso do computador na escola está destinado apenas aqueles que possuem conhecimento técnico; esse "conceito" e/ ou mito, acaba dificultando o processo de sensibilização/formação do professor e por fim prejudicando sua atuação em sala de aula. Sabe-se que aderir ao novo nem sempre é algo confortável para algumas pessoas e/ou profissionais; preferem afastar-se, isolar-se. Nesse contexto a formação continuada e o acompanhamento do professor em sua atuação diária na escola, é fator primeiro para melhor garantir a quebra de resistências e assim deixá-los mais confortáveis e seguros no atuar com novas tecnologias educacionais. Outros fatores que desaceleram a utilização mais freqüente do computador na escola, são os problemas de ordem logística, ou seja, poucos recursos como material de consumo e/ou ausência destes ( cds, papel, tintas de impressora etc); podemos elencar também a pouca e/ou ausência de manutenção das máquinas; computadores obsoletos, muitas vezes a ausência de internet e/ou sinal lento,/baixo; necessidade de lotação de profissionais capacitados para atuar no LIE etc..), formação continuada para os professores, avaliação permanente da aplicabilidade dessa ferramenta; planejamento participativo para elaboração de um projeto que persiga uma filosofia de trabalho em IE a partir do Projeto Político Pedagógico da Escola.

Apesar de tantas dificuldades e entraves aqui destacados ; observa-se o investimento, engajamento, daqueles que acreditam na melhoria da qualidade da Educação Brasileira pública e gratuita, ou seja, existe de norte a sul, muitas instituições e profissionais da rede pública que investem em iniciativas educacionais motivadoras. Assim, nas escolas que atuo como educadora, sabedora dos entraves, procuro investir, perseguir,participar de eventos, atividades, debates , elaborar projetos que possam contribuir/ somar esforços, para a disseminação e prática escolar de Informática Educativa.